Apejá Omi Onjé Dìdún

O Candomblé para mim deixou de ser apenas uma religião para se tornar um estilo de vida.

"Huntó Douglas D' Odé"

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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Série "Agotime, a saga de uma rainha" - Parte III - Chegada na Bahia e a ida para Maranhão


Seu primeiro destino foi Itaparica, na Bahia, porto do seu destino e terra santa do conhecimento. Vinda de uma região onde poucos escravos se destinavam ao Brasil, Agotimé se deparou com muitos irmãos de cor, mas não de religião ou nação.

No seu encontro com os Nagôs teve o seu primeiro contato com os òrísàs, e através deles a Rainha escrava teve notícias de seu povo. Por eles soube que sua gente era chamada de Negros-Minas e foram levados para São Luís do Maranhão. Contaram que não tinham local para celebrar o seu culto, pois esperavam um sinal de seus ancestrais. Agotime logo entendeu por quem esperavam.

Dessa forma a rainha chegou ao Maranhão, Terra da encantaria, magia e muitos mistérios. Os tambores de Dahomé afinados a fogo e tocados com alma por ogãs, inspirados por velhos espíritos africanos, ecoam por ocasião de festa pela chegada de Agotime. Foi no Maranhão que Agotime, trazida para o Brasil como escrava, voltou a ser Rainha. Sob orientação de seu vodum, fundou a “Casa das Minas”, de São Luís do Maranhão, em meados do século XIX.

Por: Huntó Douglas D' Odé

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